Maio Amarelo: a saúde mental das vítimas de sinistros de trânsito precisa ser pauta urgente n5f5g
Um aspecto frequentemente negligenciado merece atenção urgente: os impactos psicológicos dos sinistros de trânsito — tanto para as vítimas diretas quanto para suas famílias. 64c4

Quando se fala em segurança viária durante o Maio Amarelo, o foco costuma estar na prevenção de sinistros e na redução de mortes no trânsito. No entanto, um aspecto frequentemente negligenciado merece atenção urgente: os impactos psicológicos dos sinistros de trânsito — tanto para as vítimas diretas quanto para suas famílias.
As cicatrizes invisíveis dos sinistros de trânsito 1o215m
Sinistros de trânsito deixam marcas que vão além das lesões físicas. Muitos sobreviventes enfrentam consequências emocionais severas, como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão, ansiedade, fobias relacionadas à direção e até isolamento social.
Conforme Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito, familiares de vítimas fatais ou com sequelas graves também sofrem intensamente.
“A dor do luto, a culpa, a frustração com a impunidade e a ausência de e psicológico adequado podem agravar o sofrimento e dificultar a reconstrução da vida”, explica.
Apesar disso, a saúde mental raramente entra nas campanhas públicas de trânsito ou nos protocolos de atendimento pós-acidente.
Apoio psicológico é parte essencial da recuperação 2f226e
Atualmente, poucas cidades brasileiras oferecem e psicológico sistemático às vítimas de trânsito e seus familiares. A maioria dos sobreviventes precisa buscar ajuda por conta própria — muitas vezes sem orientação, apoio financeiro ou o fácil a serviços especializados.
Esse tipo de apoio não só contribui para o bem-estar das pessoas atingidas, como também fortalece a mobilização social por um trânsito mais seguro e humano.
Maio Amarelo: hora de incluir o cuidado emocional no debate 603r1w
De acordo com Mariano, o Maio Amarelo pode ser um momento estratégico para ampliar o entendimento sobre o que significa “sinistro de trânsito”. “Não se trata apenas de números e estatísticas — são vidas transformadas, famílias despedaçadas e traumas silenciosos que muitas vezes duram para sempre”, alerta.
Para ele, é essencial que o poder público, as instituições de saúde e os órgãos de trânsito incluam o apoio psicológico como parte das políticas de segurança viária.
“Além disso, campanhas educativas devem destacar a importância do acolhimento emocional e orientar a população sobre onde buscar ajuda após um acidente”, conclui.