Especialista culpa ciclistas por aumento do número de acidentes 6r1r6e
Tendo em vista o aumento do número de acidentes envolvendo ciclistas no Rio de Janeiro, acontecendo quase que diariamente e, muitas vezes, causando a morte das vítimas, o SRZD conversou com o professor Celso Luiz Martins, autor do livro “Infrações de Trânsito”, que afirmou que os ciclistas são os maiores responsáveis pelas tragédias. “No meu entender, a irresponsabilidade maior tem sido de quem faz uso da bicicleta. É claro que veículos maiores também têm condutores imprudentes, mas os ciclistas, em sua maioria, andam sem controle e não respeitam as leis de trânsito, embora haja previsão de multa e apreensão. Acredito que 90% dos acidentes é por total imprudência do ciclista.” Questionado se os motoristas estão respeitando menos os ciclistas, Celso Luiz acredita que a imprudência maior é de quem utiliza a bicicleta para se locomover nos grandes centros. “O ciclista a direto pela faixa de pedestre, não respeita. Eles têm sentido obrigatório mas andam em sua maioria no sentido inverso. Falta educar e punir o ciclista para poder se dar liberdade ao uso da bicicleta. Na própria ciclovia eles não respeitam. A sensação que tenho é que aram a se sentir donas da rua.” Diante do elevado número de acidentes, o professor faz uma avaliação das ciclovias, que em sua maioria são partilhadas, e ressalta que o maior número delas no Rio está na Zona Sul e na Zona Oeste. No restante da cidade, onde as pessoas usam mais para o trabalho do que para lazer, elas não existem, obrigando os ciclistas a andarem pelo meio da rua, correndo riscos. “Seria interessante a instalação de novas ciclovias, ou até mesmo as ciclofaixas que delimitam um espaço para a bicicleta na própria via de rolamento.” A bicicleta é uma ótima opção em grandes centros para ajudar a diminuir a poluição causada pelos veículos e na questão dos grandes engarrafamentos, porém Celso Luiz acredita que só é possível garantir a segurança de quem usa esse tipo de transporte definindo os locais apropriados e entendendo que esse meio de transporte não é utilizado somente para o lazer. “Só mesmo definindo os locais de trânsito, criando talvez até vias próprias, onde só pudessem transitar bicicletas. Existe isso em vários locais. É preciso entender que a bicicleta não é só usada para o lazer. Se preocupar para quem usa para trabalhar.” “Incentiva-se o uso da bicicleta, mas não ensina como usar”, ele afirma. Na visão do especialista, aumentar a quantidade de ciclovias não é o suficiente. É preciso haver fiscalização e autuação para o ciclista imprudente, além de uma divulgação maior das campanhas, não só incentivando uso, mas ensinando como utilizar esse tipo de transporte. Fonte: SRZD