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Educação para o Trânsito nas Escolas: um desafio? 5v1x2h


Por Eliane Pietsak Publicado 23/11/2017 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h21
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Desafios do professorFoto: Pixabay.com

Sempre que se fala em Educação para o Trânsito nas Escolas surge a imagem da construção de carrinhos com sucata, dia de levar bicicletas, triciclos, patinetes e patins. Elaborar circuitos e outras atividades focadas na condução de algum veículo, simulando situações de trânsito. Será que isso é prejudicial? É ruim planejar atividades como as citadas?

Penso que não, embora eu seja muito resistente à ideia de colocar os alunos em situações em que se veem somente como condutores, acredito que estas atividades são excelentes ferramentas para enfatizar que são somente esses os veículos que podem conduzir neste momento, em se tratando de Educação Infantil até o Ensino Médio regular. Aproveitar para mostrar os perigos da condução de veículos sem a preparação e a formação adequada que só irão receber nos CFCs quando for época apropriada. Até lá, devem ser somente usuários do trânsito como pedestres (que nunca deixarão de ser), ciclistas e ageiros dos veículos, utilizando os equipamentos de segurança adequados para se proteger.

Esse também deve ser o momento em que os professores podem utilizar a sua influência sobre os seus alunos para mostrar que há muito o que aprender antes de se colocar ao volante de um carro ou em uma motocicleta.

E isso não tem a ver somente com respeito à legislação: é, antes de tudo uma questão de segurança.

Uma boa estratégia é fazer uma analogia com o nosso desenvolvimento: depois de nascer, nos sentamos, engatinhamos, ficamos de pé, começamos a andar e só então fomos capazes de nos equilibrar sobre uma bicicleta, patins, roller…Quando começamos a andar de bicicleta, a maioria de nós usava as rodinhas para nos dar apoio. Aos poucos fomos conseguindo nos equilibrar e só então amos a andar sem qualquer apoio. Com o trânsito acontece o mesmo, não se pode pular etapas.

O grande desafio para os professores é educar através de exemplos concretos, contextualizar. E isso não deve ser feito somente na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, mas em qualquer etapa da vida acadêmica.

Por outro lado, de nada adianta falar, elaborar aulas maravilhosas, muito bem embasadas, se não educarmos pelo exemplo. Falamos algo em sala de aula e nossos alunos nos encontram no trânsito com nosso filho no colo enquanto guiamos um veículo ou ainda, utilizando o celular e sem cinto de segurança. Devemos agir corretamente. Não somos super-heróis ou infalíveis, mas temos o grande desafio de fazer o melhor possível e acreditarmos que é o melhor a ser feito!

* Eliane Pietsak é pedagoga, especialista em trânsito, e atualmente é colaboradora da Tecnodata Educacional.

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